Mais um grande músico que gosto de ouvir.
O cara é compositor de grandes sucessos, além de ter lançado algumas cantoras não menos interessantes.
Essa música eu quase furo: Refiner's Fire.
VÍDEO 3 - Brian Doerksen
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VIDEO 2 - Sixpence...
Levi Nauter
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FALA MESTRE 2
O testemunho que nos deram foi sempre o da compreensão, jamais o da intolerância. Católica ela, espírita ele, respeitaram-se em suas opções. Com eles aprendi, desde cedo, o diálogo. Nunca me senti temeroso ao perguntar e não me lembro de haver sido punido ou simplesmente advertido por discordar.
Paulo Freire
Paulo Freire, ao se referir aos pais. O trecho está na pág. 55 de:
Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis. Direção, organização e notas Ana Maria Araújo Freire. 2.ed.rev. São Paulo: Editora UNESP, 2003. [Série Paulo Freire]
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FALA MESTRE
Na verdade, como posso “convidar” meus filhos e filhas a respeitar meu testemunho religioso se, dizendo-me cristão e seguindo os rituais da igreja, discrimino os negros, pago mal à cozinheira e o trato com distância? Como posso, por outro lado, conciliar a minha fala em favor da democracia com os procedimentos anteriormente referidos?
Como posso convencer meus filhos de que respeito o seu direito de dizer a palavra se revelo mal-estar à análise mais crítica de um deles que embora criança ainda, ensaia, legitimamente, sua liberdade de expressar-se? Que exemplo de seriedade dou às crianças se peço a quem atende ao telefone que chama que, se for para mim, diga que não estou?
Este esforço, porém, em favor da coerência, da retidão, não pode resvalar, sequer minimamente, para posições farisaicas. Devemos buscar, humildemente e com trabalho, a pureza, jamais nos deixando envolver em práticas ou assumindo atitudes puritanas. Moral, sim, moralismo, não."
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louvorzão
Minha colega de trabalho, bióloga e especialista em educação, Elisangela Teixeira deu-me um belo presente: um disco com uma seleção de músicas da inesquecível conterrânea Elis Regina – entre outras pérolas da música brasileira e internacional.
Das músicas que não me saem da cabeça está a simplesmente maravilhoooooooooooosa “Querelas do Brasil”. Há algum tempo venho ouvindo muitíssima música brasileira. Mas não brasileira apenas no ritmo, senão, sobretudo, em seu conteúdo. E essa a que me referi é simplesmente espetacular. Claro que os autores fazem a diferença. Agora, a interpretação da Elis está impecável. Aqui é possível perceber os porquês dela ser considerada uma das melhores cantoras que este país já teve. Note-se, por exemplo, suas nuances vocais ao diferençar Brazil de Brasil.
Fico imaginando se nossas “irmãs” quisessem imitá-la um pouquinho. Como melhoraríamos a arte do “louvor e da adoração”. Ah, se nossas 'valadonas' aprendessem um pouco mais sobre o riso na hora de cantar e um pouco menos de chororô...
A fim de melhorar a audição do vídeo, resolvi 'colar' a letra. Ainda bem, que em termos de letra/poesia com conteúdo já temos alguns 'iluminados' como João Alexandre, Jorge Camargo, Stênio Marcius, entre tantos e tantos outros. Esses, porém, ao contrário do que deveria ser, estão escondidos da 'grande mídia eclesial'. Talvez o bom disso é que eles não precisam vender-se.
Mas ainda falta a ousadia dessa gaudéria nos templos. A riqueza de sua interpretação. Falta, acima de tudo, um cristianismo que além de criativo seja, de fato, com a nossa cara, com o nosso cheiro; que cante as nossas conquistas e reflita sobre as nossas mazelas. Assim como a “Querelas...”, abaixo:
QUERELAS DO BRASIL
Composição: Maurício Tapajós, Aldir Blanc
Interpretação: Elis Regina
O Brazil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil
Tapir, jabuti, liana, alamandra, alialaúde
Piau, ururau, aqui, ataúde
Piá, carioca, porecramecrã
Jobim akarore Jobim-açu
Oh, oh, oh
Pererê, câmara, tororó, olererê
Piriri, ratatá, karatê, olará
O Brazil não merece o Brasil
O Brazil ta matando o Brasil
Jereba, saci, caandrades
Cunhãs, ariranha, aranha
Sertões, Guimarães, bachianas, águas
E Marionaíma, ariraribóia,
Na aura das mãos do Jobim-açu
Oh, oh, oh
Jererê, sarará, cururu, olerê
Blablablá, bafafá, sururu, olará
Do Brasil, SoS ao Brasil
Do Brasil, SoS ao Brasil
Do Brasil, SoS ao Brasil
Tinhorão, urutu, sucuri
O Jobim, sabiá, bem-te-vi
Cabuçu, Cordovil, Caxambi, olerê
Madureira, Olaria e Bangu, Olará
Cascadura, Água Santa, Acari, Olerê
Ipanema e Nova Iguaçu, Olará
Do Brasil, SoS ao Brasil
Do Brasil, SoS ao Brasil
Não deixe de assistir ao vídeo. Uma obra de 1980.
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A CABANA – minhas impressões
Como primeiras palavras, digo que gostei da capa. Na medida em que vamos lendo a obra, a figura ilustrativa vai como que tomando corpo, significado. Ainda na capa, lê-se o nome da editora, Sextante; e uma categoria literária: ficção. Isso levou-me a alguns pensamentos: (1) já está se cumprindo o texto que profetizava sobre as pedras clamarem em nosso lugar (Lc 19.40), (2) ainda carecemos de alertas para não confundirmos verossimilhança com semelhança. Ah, se lêssemos mais romances...
É pena que nenhuma editora cristã tenha devidamente apostado nesse livro. Pontos para a Sextante que antevê um cristianismo com arte; que propagará um evangelho mais pós-moderno – mesmo com resvalos na tradição. No entanto, uma leitura um pouco mais atenta justificará o desinteresse das editoras confessionais, por exemplo a página 208. ou seja, ainda temos uma caminhada até chegarmos ao ponto de termos paz pré e pós leitura de um romance, de uma ficção.
Em se tratando d’A Cabana mesmo, acho que criei uma expectativa maior do que devia. Minhas emoções não tiveram o mesmo ápice de outros/as leitores/as.
A obra é bem escrita. Um texto que cativa. Nitidamente um quase roteiro de cinema. Nalguns momentos sentia como se uma câmera de vídeo estivesse com o zoom ‘ligado’, tal a riqueza de detalhes de cena. Porém, noutros momentos seria melhor o ‘microfone’ estar desligado.
Incomodou-me a nomenclatura dada à Trindade, embora um pouco compreensiva pelo contexto do enredo. Ele era Ela que depois (re)tomou sua ‘macheza’, e, assim, continuamos no gênero-mor. Num momento inicial o evangelho transcende a igreja para, depois, voltar ao molde de sempre. Algumas frases de efeito também apareceram (resposta certa x resposta viva). Não faltou o momento fantástico, característica que me atrai, sobretudo na literatura latino-americana. Mas o momento Chico Xavier foi duro de engolir (capítulos 11 e 16).
Eu recomendo a leitura até como contraponto às minhas impressões. Recomendo porque traz uma visão inovadora do que seja Deus. O Espírito Santo tem um bom papel e não fica só como uma espécie de auxiliar de serviços gerais no céu. Céu? Aquele cenário não é o céu.
Mas tenho medos. Não me surpreenderá se houver a publicação de um A Cabana 2, característica comum na arte norte-americana. Igualmente não será novidade se algum “iluminado” resolver escrever um livro com as ‘receitas para viver bem’ segundo A Cabana. Tampouco ignoro a possibilidade de encontrar um ‘A Cabana com propósitos’. Mais ainda: fico imaginando o estrago de uma obra dessas se cair nas mãos daqueles leitores que fazem da verossimilhança uma realidade. Basta lembrarmos dos devoradores do Frank Peretti ou da série apocalíptica do Tim LaHaye. O Apocalipse passou a ser desses autores e não de João. O evangelho agora é de quem? Seria de Jesus?
Por outro lado, admiro a ousadia de se grafar na própria obra que ela é assombrosa e tem uma qualidade literária, em vez de deixar essa tarefa aos leitores. Esta, parece-me, seria a melhor forma.
Quanto à proposta que o livro faz para ser adquirido e doado, eu faria isso com uma edição de bolso cujas páginas internas fossem do tipo jornal e com um acabamento mais simples. Dito de outra forma, cumpriria o pedido se me saísse mais barato.
Ah, o impacto deste texto visa ser estimulante, apesar de nenhuma qualidade literária.
Sinta-se estimulado a ler A Cabana. Ainda que eu não seja Michael W. Smith, nem Ricardo Gondim e muito menos o Gerson Borges, fica a sugestão.
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[GRAVIDADE: enquanto a Florzinha não vem ] – lnm
Há sete meses estou na espera da melhor parte de mim, a Maria Flor. Tais momentos são permeados de preocupações de pai mas, e sobretudo, de muita alegria. Não há como descrever as cenas nas quais beijo a barriga da Lu e ela (a Flor) começa a pular ‘loucamente’. Quando insisto em ficar com meus lábios sobre a barriga, a Flor parece acariciar-me com suas ‘mexidas’. Ela é muito especial. Ela transcende a tudo. Mal posso esperar a hora de beijá-la no rostinho, de dizer o quanto a amo e o tanto que ela foi querida por nós pais. A Lu está tão eufórica quanto eu.
Temos buscado ocupar nosso tempo lendo sobre como lidar com os pequenos. Também sobre como decorar o quarto da pequena. E enquanto ela não vem, estamos fazendo de tudo. A Lu vem se mostrando uma bela pintora-decoradora. Eu auxilio na pintura, dou alguns pitacos e ataco de costureiro. Oh, aventura!
Esperamos que ela goste dos mimos.
Para que vocês tenham uma idéia, eis algumas fotos.
[1] Publicação da CPAD.
[2] Em termos de vinda de Cristo, por anos eu preferi que Ele não voltasse. Primeiro queria casar; depois quis ter uma casa própria e – vejam só – por fim, desejava ter um bebê. Meu ciclo parece estar se concluindo. Com a maturidade, penso que sim – agora se aproxima o começo da melhor parte. Serei salvo por pura misericórdia. Por pura graça.
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